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Hoje peguei o ferry de Honningsvag (Cabo Norte) para Tromso.

De lá vou pedalar em direção ao sul, para as ilhas Lofoten, entre outros.

Vai de um extremo ao outro.
De refeições simples e dormir em uma tendinha para um jantar de três pratos, uma cabine e um navio de luxo.

Conversei aqui com canadenses. Eles permanecem no navio durante toda a viagem. Às vezes saem por uma hora. Isso também é uma opção. O navio percorre toda a costa norueguesa.

Noite tarde, subi 750 metros (subidas íngremes, não normais) e lá estava eu, no Cabo Norte! À meia-noite.

Até este primeiro objetivo: 635km e 5930 metros subidos.

O Cabo Norte é um lugar onde as coisas terminam, mas onde o mar infinito também oferece espaço e tempo.
Oferece espaço para me despedir da minha avó, que se foi há uma semana. Espaço para dizer adeus a uma forma de vida que não traz felicidade, espaço para dizer adeus a certos aspectos de mim mesmo e todo o espaço para dizer olá a uma nova grande aventura que aqui, no Cabo Norte, vai começar.

Hoje foi um longo dia. Chuvoso e fresco.
Pedalei 90 km e passei pelo túnel do Cabo Norte.
A última parte realmente não dava mais, continuei subindo e era muito íngreme. Acabou virando empurra-bike.

Veja o vídeo do anúncio e passando pelo túnel.

Depois veio um túnel ainda mais longo que, felizmente, não era tão íngreme, mas ainda estava fresco.

Eu consigo apreciar os túneis. Realmente outro nível. Não aprecio os carros passando rapidamente.